Envelhecimento e a evolução dos preenchedores

Envelhecimento e a evolução dos preenchedores

Envelhecimento e tratamentos faciais com preenchedores 

O envelhecimento é o tema de hoje, mas também vamos abordar a evolução dos preenchedores nesse contexto, principalmente do ácido hialurônico.

Nos últimos anos as pesquisas todas tem sido no sentido de proporcionar um resultado melhor no embelezamento, no rejuvenescimento.

E hoje a gente sabe o quanto que a perda de volume influencia no envelhecimento da face.

Se você pensar em 25, 30 anos atrás era só dar uma esticadinha com uma cirurgia plástica, mas hoje em dia a gente sabe que não, que a perda de volume por reabsorção óssea, redistribuição de gordura, alteração dos tecidos impacta muito o processo de envelhecimento.

E os preenchedores se tornaram um procedimento rápido, seguro e que confere um resultado imediato na face do paciente.

Envelhecimento e perda de volume

O nosso corpo e a nossa estrutura óssea passam pelo processo de envelhecimento e existem áreas em que o osso vai sendo reabsorvido, como na região da mandíbula, próximo ao nariz e na própria órbita ocular.

O osso é uma estrutura importante para a sustentação facial e o fantástico é que a gente não precisa repor o osso para estruturar a face novamente, com o ácido hialurônico no plano certo a gente consegue reconstruir a arquitetura do rosto.

Além da reabsorção óssea existe uma redistribuição dos compartimentos superficiais e uma diminuição do volume.

Uma pessoa que pratica muito exercício físico, que tem um percentual de gordura muito baixo, geralmente ela tem um rosto mais envelhecido.

Quanto a gordura impacta o processo de envelhecimento? E isso varia de paciente para paciente.

Algumas pessoas têm boa estrutura óssea e, provavelmente, a reabsorção e a redistribuição da gordura vão impactar menos no seu envelhecimento.

Pessoas mais gordinhas aparentam ser mais jovens, por exemplo.

Isso é tão interessante que o primeiro preenchedor a ser utilizado foi a própria gordura do paciente, o que a gente chama de gordura autóloga.

E isso ainda é feito hoje em dia, o paciente retira a gordura por lipoaspiração e depois essa gordura é preparada para ser aplicada nas áreas onde há indicação.

Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, da segurança, da durabilidade dos produtos como ácido hialurônico é cada vez menos comum o paciente se submeter a um procedimento cirúrgico só para preencher o rosto.

As pessoas evitam uma cirurgia pelo tempo necessário para preparo e recuperação, pelo afastamento das atividades, por isso recorrem a tratamentos menos invasivos.

A evolução dos preenchedores

O ácido hialurônico é um preenchedor considerado ideal, em termos de bom resultado, eficácia, naturalidade, durabilidade e biocompatibilidade.

Na evolução dos preenchedores, depois da utilização da gordura autóloga, começou-se a fazer preenchimentos com colágeno bovino.

Só que era um preenchedor que durava muito pouco tempo e os pacientes precisavam fazer teste alérgico antes.

Depois começou a ser injetado o colágeno humano, mas também tinha pouca durabilidade e ninguém gostaria de refazer o procedimento a cada 3 ou 4 meses de novo.

Com o HIV surgiu a lipodistrofia muito característica da doença e não tinha tratamentos tão eficazes para ela, então teve início a busca por preenchedores mais definitivos.

Por muito tempo foram aplicadas outras substâncias, como o silicone, o polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, só que um preenchimento definitivo tem um risco de migração, de rejeição pelo sistema imunológico e não podemos fazer nada a respeito disso.

O ácido hialurônico

O ácido hialurônico é uma molécula, um polímero de polissacarídeo que está presente no corpo todo, principalmente na pele.

Ele tem a capacidade hidrofílica, ou seja, de captar água e hidratar a nossa pele e todas as áreas onde ele está presente.

Esse produto que usamos hoje em dia não tem origem animal, é produzido por fermentação bacteriana e passa por um processo de reticulação, justamente para sua durabilidade ser maior.

E para cada área a ser abordada existe um produto ideal e mais indicado. Por exemplo, produtos com maior grau de reticulação, maior capacidade de projeção podem durar até 5 anos.

Uma das maiores vantagens é que a gente consegue dissolver esse produto em casos de resultado não satisfatório, de hipercorreção ou até de complicações.

Preenchedores definitivos

Existem casos de pacientes que utilizaram preenchedores definitivos no passado, como o PMMA, e isso nos limita nos tratamentos que ele pode e deseja realizar atualmente.

Isso dificulta, por exemplo, a utilização de ultrassom, radiofrequência ou tratamentos com bioestimuladores.

Isso não pode ser feito justamente para não cutucar o sistema imunológico e aumentar a chance de o organismo reagir contra o produto.

Além disso o produto injetado de forma definitiva acaba migrando e isso não é mais visto como uma vantagem, aplicar um produto que não precisa nunca mais ser reposto.

Hoje em dia os pacientes estão mais conscientes disso e sabem que preenchedores definitivos nós não devemos aplicar.

Se o paciente tem uma reação alérgica, por exemplo, nós só podemos tratar essa irritação, a infecção, mas não podemos retirar o produto.

Algumas cirurgias podem ser feitas para retirar o produto, mas nunca é 100% retirado.

Como fica a pele depois que passar o efeito?

Quando o efeito do preenchimento acabar, a pele fica pior? Muita gente tem essa dúvida.

A gente sabe já há muitos anos que o ácido hialurônico é uma substância que usamos não só para preencher o volume, ele tem a capacidade de fazer estímulo de colágeno.

Muitas vezes na área onde ele foi aplicado e reabsorvido aquela ruga que incomodava nÃo voltou por completo, pelo estímulo de colágeno que ele promoveu na pele.

Nem sempre o paciente precisa refazer os mesmos pontos feitos no ano anterior, por exemplo.

Se ele manteve o peso, se não aconteceu nada que acelerou seu processo de envelhecimento, todo ano a gente faz uma revisão justamente para manter o resultado.

Ninguém quer ficar bonito, se sentindo melhor e no ano seguinte murchar e ter que fazer tudo de novo.

Não há a necessidade de esperar a reabsorção total dos preenchedores.

E se no meio do caminho o paciente tiver alguma contraindicação ao uso do preenchedor com ácido hialurônico, por alguma doença, por exemplo, simplesmente o corpo vai reabsorver e a face não vai ficar pior do que estava antes de fazer o tratamento.

Esse cuidado permanente, o acompanhamento anual faz com que a pessoa fique cada vez melhor, mais rejuvenescida, mesmo com o avançar da idade.

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